Historial da APAAC

A APAAC – Associação de Protecção dos Animais Abandonados do Cartaxo, é uma Associação sem fins lucrativos, sediada no Cartaxo, que se dedica à defesa e bem-estar dos animais abandonados lutando pelos seus direitos. Além de defender e preservar a vida animal e promover o respeito pelos animais, tem também, importantes funções sociais no campo higieno-sanitário.

Um dos objectivos da APAAC é a construção de um canil/gatil que sirva os interesses do Concelho e de todos os animais abandonados. Numa segunda fase, a construção de um centro de recolhimento para animais, por períodos de tempo curto, nomeadamente durante as férias dos proprietários, para que não se venha a verificar o abandono de muitos deles.

Um homem está com seu amado cachorro no jardim. Esta foto foi tirada com um celular Samsung Galaxy A55.


Um homem está com seu amado cachorro no jardim. Esta foto foi tirada com um celular Samsung Galaxy A55.

Criada a 14 de Maio de 1990, a APAAC - Associação de Protecção dos Animais Abandonados do Cartaxo deu os primeiros passos, apenas com oito associados, número que cresceu rapidamente até 150 e que se manteve estável, nos primeiros 4 anos de vida da Associação.

No início, a necessidade de se construir um canil-gatil era evidente mas a verdade é que nem população nem o executivo municipal se mostraram sensibilizados para o problema e sempre o relegaram para segundo plano apesar do grande empenhamento dos associados.

Uma campanha mais incisiva foi iniciada em 1994, através de várias acções com o objectivo de sensibilizar a população para o facto de os animais vítimas de abandono, se poderem tornar veículos de doenças transmissíveis ao homem, comprometendo a saúde pública.

Com a mudança do executivo municipal, na sequência das eleições de 1994, e com a entrada de uma nova direcção na associação em Março de 1997, surge uma nova postura face ao problema e é disponibilizado, no segundo mandato do actual elenco municipal, em Setembro do mesmo ano, um terreno, situado na zona industrial do Cartaxo, destinado à construção do canil.

Posteriormente é celebrado um protocolo entre a Câmara do Cartaxo e a Associação, no qual fica definido que o canil será municipal, comprometendo-se a autarquia a ceder os materiais para a construção, e a APAAC responsável pelo pagamento da mão-de-obra, sendo à posteriori a gestão do canil feita em parceria.

Em Novembro de 1997 iniciam-se as fundações para a construção daquele que virá a ser futuramente o CBEAC – Centro de Bem-estar Animal do Cartaxo.

A APAAC recebe então o donativo de cerca de 4 mil contos de um anónimo da zona de Lisboa para inicio do pagamento da mão-de-obra, e enquanto isso, ocorreram por iniciativa da Associação alguns eventos como a “Festa da Primavera”, um jantar anual com a participação de 300 pessoas, as comemorações do “Dia Mundial do Animal”, e outras espontâneas, que conseguem canalizar durante o ano de 1998 e 1999 algumas centenas de contos que ajudam a levantar as paredes do canil, finalizando esta primeira parte com a conclusão das primeiras 4 boxes.

Foram assim colocadas as grades nestas boxes no início de Janeiro de 2000, tendo de imediato a APAAC colocado no seu interior algumas dezenas de animais que vinham sendo mantidos em recinto menos apropriado para o efeito.

Até 1994 fizeram-se associados 117 amigos dos animais, e desde a posse desta Direcção em Abril de 1997, cerca de 350 novos associados deram entrada nos nossos ficheiros, sendo no entanto de lamentar a fraca adesão ao pagamento das quotas mensais por parte dos mesmos.

Está neste momento concluída a actualização do ficheiro de sócios, onde se decidiu aumentar a quota mensal de € 0.50 para € 2,50 e identificar os Associados com o respectivo cartão de sócio.

Dois momentos menos animadores em 1994 e em 1996 levaram a que a APAAC ficasse menos activa, por falta de Directores e Associados, o que leva a uma tomada de posição desta actual Direcção que acaba por se solidificar, devido a estes problemas. No entanto, durante aquelas alturas, nunca deixou de se desenvolver actividades de sensibilização junto da população; as comemorações do Dia Mundial do Animal não sofreram qualquer interrupção, ao mesmo tempo que se desenvolveram acções diversas na chamada de atenção para o Bem-estar Animal.

Efectuaram-se alguns trabalhos a nível da comunicação regional, rádio e imprensa, estabeleceram-se contactos com a LPDA – Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais e com o Gabinete Dinamizador do Projecto Provedor do Animal, que tem vindo a incentivar e a apoiar a APAAC. Foram iniciados alguns contactos com o comércio e indústria local com a finalidade de angariar apoios financeiros, lamentavelmente, sem grande resultado.

Destacamos ainda a edição de 4 boletins, com o objectivo de informar a população e sócios das actividades da Associação, e sensibilizar para os problemas que rodeiam os animais abandonados tendo sido extinto após termos apresentado um site na Internet.

Foi solicitado à Câmara do Cartaxo, autorização para a colocação de um painel junto de um dos locais mais movimentados da Cidade, onde constam todos os eventos por nós realizados, e a realizar, bem como animais perdidos, achados e a doar.

Posteriormente, e face à divulgação e resultados do mesmo foi colocado um outro. Estes painéis têm sido uma das melhores formas de dar a conhecer a toda a população, o que é a APAAC, seus objectivos e a necessária chamada de atenção para o Bem-estar Animal.

Até este momento, Novembro de 2003 foram recolhidos cerca de 4000 animais, o que demonstra bem a grave situação em termos de bem-estar animal no Concelho. Destes animais a APAAC conseguiu doar 2780, através de uma acção de sensibilização constante junto da população local e não só. A alimentação destes animais tem estado a ser suportada pela Câmara Municipal em conjunto com a APAAC, que tem solicitado ajuda a entidades particulares, nomeadamente distribuidores Nacionais de géneros alimentícios de grandes superfícies.

Será ainda no decorrer de 2004 que finalizarão as obras de construção do canil, e as de vedação de todo o espaço envolvente, cerca de quatro hectares, onde possamos deixar em liberdade temporária, diariamente, os animais de cada box.

Pensando no futuro com as dificuldades do presente a APAAC acaba de iniciar contactos, para abertura de uma clínica veterinária que irá satisfazer todos os sócios e a população em geral, sendo ao mesmo tempo um apoio directo aos animais existentes e uma enorme receita gerada quer com os sócios da APAAC quer com o público em geral..

Porque as nossas dificuldades se baseiam essencialmente na angariação de fundos para o pagamento da mão-de-obra na construção destas infra-estruturas, é nosso dever tentar por todos os meios solicitar apoios e ao mesmo tempo sensibilizar as autoridades locais, e a população para o problema do bem-estar animal, tentando minimizar o abandono destes.

Tentaremos dentro das nossas capacidades colaborar com as autoridades locais, divulgar a Associação e o problema animal junto das escolas do Concelho, formando jovens no domínio do bem-estar animal e meio ambiente. Estes passos foram já iniciados com a participação de alguns jovens voluntários em acções de doação e divulgação da Associação.

Entretanto foi criada uma página na Internet, onde estão divulgados todos os passos da Associação e que tem sido ponto de partida, para a formação de outras Associações a nível nacional, e de informação sobre as leis existentes, sendo também uma fonte inesgotável de doação de animais para todo o País.

A APAAC tudo tentará para que este nosso projecto seja um exemplo a nível nacional, tendo mesmo já recebido alguns louvores da LPDA – Liga Portuguesa dos Direitos do Animal, da Eurogroup for Animal Welfare e da maior autoridade mundial de bem-estar e defesa animal, a RSPCA – Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals tendo esta entidade facultado no passado mês de Março com o apoio da LPDA um curso de gestão de canis onde a APAAC esteve presente.

Uma das maiores prioridades da APAAC é, neste momento, a sensibilização das autoridades locais, no sentido de ser feito pelas Juntas de Freguesia do Concelho, um levantamento dos animais existentes, sendo assim possível recolher verbas do licenciamento anual destes animais, que ajudarão, em muito, a diminuir as despesas existentes com as recolhas de todos os animais encontrados abandonados, e ao mesmo tempo levar ao nível do Bem-Estar animal, um conhecimento mais profundo dos Direitos dos Animais a quem é possuidor de um animal de companhia.